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sábado, 23 de abril de 2011

encharcada de sol

E se de repente a porta se abrisse? Se o vento entrasse, soprasse frio no rosto? Sentindo um calor no corpo, foi saindo devagar, sem fazer alarme, guardando pra si aquele momento, andou até a varanda e respirou aquele gosto salgado de mar!!! Seu corpo invadido pelo frescor que aquele vento trazia implodiu com tamanha vitalidade que, por um segundo, a idéia doce da morte a invadiu... Medo da morte é pra quem nunca morreu, e só não morreu quem ainda não nasceu, é aqui em cada pequena morte do dia-a-dia que nascemos de novo, novo capitulo outro caminho....
Correu até a praia e se deixou lamber pelo mar...aquela língua molhada e fria nos seus pés... suas canelas... ia subindo um frio quente pelas costas que depois escorria por ela e a esquentava de novo. Um sorriso nervoso ganhou seu rosto sentia-se novamente virgem, casta, pura e se imaginava sendo lambida pelo mar.
Deitou-se na areia e foi sentido um calor a invadir, seus dedos iam sentindo sua pele arrepiada de vontade, todo o seu corpo pedia por mais, o sol, o mar, o vento lambendo seu rosto, seus dedos... Ah... o sol, quente, envolveu seu corpo e eles ficaram abraçados por muito tempo, ela derretendo bem devagar nos braços dele... ele encharcado dela.

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