tem um poema preso na minha garganta
agarrado nela
com vontade louca de não nascer
e ele fica ali, pendurado,
me arranhando, me fazendo tossir
poema preso nem própolis solta
poema preso carece de nuvens e de vento
poema preso carece de carinho e de cheiro
poema preso carece de colo e e de vinho
carece de sorvete
carece de beijo
e de língua
poema preso é coisa séria
vou metendo os dedos no teclados
pra ver se boto ele pra fora
pra ver se me livro desse nó
dessa trava
dessa traça
dessa coisa que me tira o ar
Páginas
Um lugar para chamar de meu. Meu sítio virtual. Meu cadinho.
Lugar de gritos e sussurros. Pedaço de mim.
'Onde eu possa juntar meus amigos, meus discos e livros...'
sexta-feira, 22 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
precisa de título?
estou nua de esperanças
vazia de vontades e desejos
o mar bate nas pedras e não me vê
a vida bate na terra e não me aquece
estou aqui
parada
inerte
a viva mais morta
desse lado do atlântico
tudo pra mim já foi ou não veio
amizades perdidas no coração do país
textos mofados nas gavetas da mente
sonhos castrados pela moira
tudo em minha vida veio como acidente
amores
filhos
desejos
tudo em mim já está velho e cansado
eu em mim estou velha e cansada
nada vale a pena
nada me resgata
nada me retém
nada nem ninguém
sou tão frágil
tão pequenina
tão ridícula
tão risível
tão vazia
oca
agora vou deitar
cruzar as mãos no peito
e esperar
vazia de vontades e desejos
o mar bate nas pedras e não me vê
a vida bate na terra e não me aquece
estou aqui
parada
inerte
a viva mais morta
desse lado do atlântico
tudo pra mim já foi ou não veio
amizades perdidas no coração do país
textos mofados nas gavetas da mente
sonhos castrados pela moira
tudo em minha vida veio como acidente
amores
filhos
desejos
tudo em mim já está velho e cansado
eu em mim estou velha e cansada
nada vale a pena
nada me resgata
nada me retém
nada nem ninguém
sou tão frágil
tão pequenina
tão ridícula
tão risível
tão vazia
oca
agora vou deitar
cruzar as mãos no peito
e esperar
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