Não há em mim nem as curvas nem a força das fêmeas.
Não desperto desejos, não crio anseios, não inspiro devaneios e nem causo rubores.
Nenhuma deusa mora em mim. Passo longe das femmes fatales dos filmes noir. Tampouco possuo a brejeirice das gabrielas.
Sonhos? Não os provoco. Vontades? Não as causo. Não tenho admiradores secretos, nem seguidores anônimos.
Sou assim. Meio árvore, meio amélia. Profundas raízes, copa larga sombreando o pátio, sem ninhos ou passarinhos.
Absurdamente só.
"Vai coa sombra crescendo o vulto enorme
ResponderExcluirDo baobá... E cresce n'alma o vulto
De uma tristeza, imensa, imensamente..."
A Amélia não é mais a mulher de verdade?
ResponderExcluirSolidez e solidão! O poema é muito bonito e triste.
Maria Cristina Fernandes Francisco