vez em quando, dona vida,
essa louca que nos leva, sempre e sempre
sem perguntar se queremos ir ou se queremos ficar,
essa louca, vez por outra,
me sufoca,
me enche de vontade de ficar na toca,
de não ser, de não ir e de não ficar,
mas dona vida, guia presunçosa,
me segura pelas mãos e me arrasta,
me machuca, me maltrata,
mas depois, como um cão vadio,
lambe minhas feridas, se aninha aos meus pés,
me olha com seus olhos compridos
e me convence a continuar.
e eu vou, e vou feliz,
porque quando se deita e se aninha,
dona vida, fica assim pequenininha,
e me faz crer que precisa de mim,
e eu carente, procuradora de estrelas,
domadora de ondas, a pego no colo,
beijo suas bochechas, arrumo seus cabelos e vou.
vou feliz achando que sou eu que a levo
quando na verdade é ela que me carrega.
dona vida, seu colo quente é todo meu...
Que lindos versos, Xandoca! Coisa mais linda!
ResponderExcluirsuspiro!
ExcluirQue coisa gostosa esse blog! beijão grandão!
ResponderExcluirKátia Apostólixo
pois venha sempre, meu cadinho é todo seu!!!
ExcluirQue lindo, Xanda.
ResponderExcluirFiquei aqui fascinada admirando teus versos.
obrigada!!
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