Urgência. Medo. Dores. "Corpos suam dores" e "furtam cores". Camaleões. Escrita cravada na pele e na memória. Saber de corpos outros e tantos que explode em mim. Vozes ancestrais que buscam afeto, aceitação, cheiro no cangote.
Minha palavra calada te espelha e te espanta. Espelho de dores, gozos, saberes. Espanto de dores, gozos, saberes. Sei muito pouco sobre tudo. Quase não sei nada. Verdade mesmo: nada sei.
Aqui, quietinha entre minha cadeira e o teclado, vislumbro o mundo e estremeço. Não quero mais esse mundo cruel e injusto. Quero o mundo de Alice (ma-ra-vi-lho-so!), cheio de flores falantes e gatos risonhos.
Mas há a dor. Ela fala mais alto que tudo. Ela grita tanto que não há como ignorá-la. Mandrágora. Flores do mal? Há mal? Qual?
Além dos muros da cidade estão os homens sem rei. Para eles tudo que importa é o prazer de ser. Pra mim, é o sabor de estar. Nos completamos.
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