Adoro gente. Adoro estar entre gentes. Eu preciso de gente. Gente é minha matéria-irmã. É a forma como elas me afetam que faz de mim quem eu sou.
Paradoxalmente, é a solidão que me mantém sã. Preciso de pequenos afastamentos, reclusões profundamente profícuas. Preciso desse encontro metafísico meu-comigo-mesma-sem-mais-ninguém. Ufa!
Nesses momentos eu, eu mesma e a outra, colocamos tudo em ordem. Algumas conversas viram letras, outras pó...
(“Mas eu sinto que eu tô viva
a cada banho de chuva
que chega molhando meu corpo nu”)*
... somos tão diferentes e tão profundamente iguais. Não há tristeza nesse encontro, nem culpa. Nos mostramos e nos aceitamos como somos. Muitas vezes somos cruéis demais.
É essa dose regular de mim, que mantém as coisas no lugar. Que me equaliza.
(“Eu sou assim,
se quiser gostar de mim,
eu sou assim... ")**
* Deja vù - Pitty
** Meu mundo é hoje - Wilson Batista
Mais uma "sem título" linda...
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